Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. _ Gálatas 5.22

Base Bíblica: Ester 1 a 10 - Ester salva os judeus do extermínio.


No terceiro ano de seu reinado, o rei Xérxes deu um banquete para todos os seus oficiais e servidores, durante o qual, exibiu a sua riqueza e todo o esplendor de sua corte.
Nesta ocasião, ele mandou chamar a rainha, para exibir aos convidados a sua beleza, no entanto, ela se negou a atender o chamado, o desonrando diante de todos os convidados.
Furioso e orientado por seus conselheiros, Xérxes assinou um decreto proibindo a rainha de estar novamente em sua presença, em virtude do desacato que ela havia cometido a sua autoridade de rei e de marido. Então, mandaram buscar as virgens mais belas de todo o reino para que entre elas, o rei escolhesse aquela que mais o agradasse para ser sua nova rainha.
Sabendo do acontecimento, o judeu Mordecai levou a Hegai -o chefe do harém do rei, a sua prima Ester, uma orfã, que ele havia criado como filha.
Ester rapidamente conquistou a simpatia de Hegai, recebendo os melhores tratamentos de beleza e outros privilégios.
Quando ela foi finalmente apresentada ao rei, ele a admirou e gostou mais dela do que de qualquer outra moça do reino, então, a escolheu para ser rainha no lugar de Vasti, a honrou com um banquete na presença de todos os seus oficiais e servidores e ainda decretou feriado, oferecendo presentes a todos.
Ele gostou dela mais do que de qualquer outra moça, e ela conquistou a simpatia e a admiração dele como nenhuma outra moça havia feito. Ele colocou a coroa na cabeça dela e a fez rainha no lugar de Vasti.
Depois ele deu um grande banquete em honra de Ester e convidou todos os oficiais e servidores. Ele decretou que aquele dia fosse feriado no reino inteiro e distribuiu presentes que só um rei poderia oferecer. _ Ester 2.17-18
Ester já era rainha quando o povo judeu foi exposto a artimanhas de um homem chamado Hamã, que planejava exterminá-los, então, seu primo foi até ela e, clamou por sua intervenção junto ao rei em favor do povo.
Porém, mesmo sendo rainha, era proibido comparecer a presença do rei sem ser chamada, de modo que isto poderia causar a sua morte. Mas, diante dos fatos, Ester convoca três dias de jejum e oração junto a todo o povo judeu e, passado este período, apresenta-se corajosamente diante do seu rei.
O rei a recebeu com misericórdia e, não apenas estendeu seu cetro de ouro para que ela tocasse nele, poupando assim a sua vida, como se dispôs a atender qualquer pedido que ela fizesse, oferecendo a ela até metade de seu reino.
Sabiamente, Ester nada pediu ao seu rei, mas o convidou para um banquete, por dois dias seguintes, sendo que no segundo dia do banquete, convidou também a Hamã e estando o rei satisfeito com o banquete e conectado a sua rainha, ela então, expôs a ameaça que havia sido forjada contra o seu povo.
O rei ouviu a suplica de Ester e mandou enforcar a Hamã na forca que ele havia feito para matar o primo de Ester, mandou também enforcar os seus filhos e colocou o primo de Ester como líder no lugar dele, dando a ele o sinete do rei.

Diante dos ocorridos, fica claro que Ester estava exposta a uma situação de crise, que colocava a ela e ao seu povo em grande perigo e, ainda assim, ela não agiu de forma impulsiva, mas, primeiro buscou a presença de Deus, em jejum e oração e, só então começou a agir e  agiu com sabedoria, de forma estratégica.
Ao longo de todo o registro da história de Ester, vemos que diferente de Vasti, além de temer a Deus, ela era uma mulher mansa, que estava sempre disposta a ouvir conselhos daqueles que eram superiores a ela, e agia com honra em relação ao seu primo que a havia criado e também em relação ao seu esposo e rei, sempre se dirigindo a ele com palavras honrosas, que revelam o seu respeito a autoridade que estava sobre ele.
Ela era uma mulher fiel a Deus, ao seu povo e as suas origens e agia com bondade e benignidade em relação a eles, ela era longânime e sabia agir no momento certo de forma pacífica.
Sem dúvida, Ester foi uma mulher que revelou domínio próprio, que foi capaz de agir de maneira adequada e no momento adequado e assim, achou favor diante do rei para livrar o seu povo do extermínio.
Aprendemos com a história de Ester, que pessoas com domínio próprio, tendem a serem usadas como canais de Deus, para afetar o rumo da história, isto porque, não se deixam levar por seus sentimentos e emoções, mas, agem com prudência e com base na direção divina.
No livro de Provérbios, o sábio rei Salomão declara, que uma pessoa que não tem domínio próprio, é como uma cidade que não tem muros (Provérbios 25.28). Salomão viveu em uma época, em que era bastante comum as guerras por conquista de terra e, neste cenário, os muros da cidade eram a sua defesa contra invasões e ataques de terceiros, portanto, ao comparar o homem sem domínio próprio com uma cidade sem muros, Salomão está nos orientando que a falta de autocontrole nos expõe a riscos, nos deixa vulneráveis, desprotegidos.
Podemos entender o domínio próprio, como a capacidade de acessar todas as características do fruto do Espírito e empregá-las da forma e no momento certo, em contrapartida, também podemos completar esta descrição, compreendendo que refutar os frutos da carne, não se deixando conduzir por eles, é um comportamento oriundo do domínio próprio.
Sem dúvidas, esta capacidade de autogestão de pensamentos, sentimentos e emoções e a capacidade de agir de forma assertiva, não é algo que provém da natureza humana, é justamente por este motivo, que a bíblia descreve como fruto do Espírito, pois este equilíbrio é resultado da ação de Deus no interior do homem, é a vida de Deus, manifesta na vida do homem.
Portanto, a exemplo de Ester, se queremos agir com domínio próprio, precisamos buscar isto na presença de Deus, é no jejum, na oração e na comunhão com Deus, que ganhamos maturidade, equilíbrio e alcançamos a capacidade de autogestão, porque embora possamos contribuir com este processo, somente o amor de Deus é capaz de produzir em nós a cura, que nos conduz a agir guiados por virtudes e não por traumas, medos, impulso ou reatividade.
Os frutos da carne, são opostos ao domínio próprio e como ensinou Salomão, nos expõe ao fracasso, no entanto, o fruto do Espírito é proteção em nossa vida e nos conduz a ser como cidades cercadas por muros, que não podem ser devastadas por seus inimigos, mas, tem vitória sobre eles.

Perguntas para reflexão

  • Como você pode refutar os frutos da carne e manifestar de forma predominante em sua vida o fruto do Espírito? Como você pode dedicar mais tempo ao jejum e a oração a fim de desenvolver domínio próprio?


Declaração de fé

Eu tenho o hábito de orar, jejuar e meditar na palavra de Deus, tenho domínio próprio e sou como uma cidade cercada por muros!


Versículo para memorizar

Como cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não tem domínio próprio.  _ Provérbios 25.28

Canção do dia

Todo dia - Amanda Rodrigues
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Permaneça em Deus!

Em amor,

por Carla Rabetti
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