Tema da Semana: A armadura de Deus
Dia 37: O reino invisível
Leitura Bíblica: 2 Reis 6.8-23
Disse Jesus em oração ao Pai: Eu lhes dei a tua mensagem, mas o mundo ficou com ódio deles porque eles não são do mundo, como eu também não sou. Não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. Assim como eu não sou do mundo, eles também não são. _ João 17:14-16
Contexto Bíblico:
Eliseu foi um grande profeta em Israel antes da vinda de Cristo. Em certo momento, o rei da Síria decidiu atacar Israel e armou emboscadas contra o povo. Porém, o Espírito de Deus revelava a Eliseu todos os planos inimigos, e assim o exército sírio nunca obtinha sucesso.
Desconfiado de traição, o rei sírio descobriu que era Eliseu quem alertava Israel. Furioso, enviou uma tropa com cavalos e carros de guerra para prender o profeta. Quando o servo de Eliseu viu os soldados se aproximando, ficou tomado pelo medo. Mas Eliseu o tranquilizou, afirmando que havia um exército ainda maior ao seu favor.
O profeta então orou pedindo que Deus abrisse os olhos espirituais do seu servo, e o jovem pôde ver o monte coberto de cavalos e carros de fogo enviados pelo Senhor. Quando os sírios avançaram, Eliseu orou novamente, e eles foram cegados. Conduzidos pelo profeta até Samaria, ficaram à mercê do rei de Israel. Ali, Eliseu intercedeu mais uma vez, e seus olhos foram restaurados. Em vez de serem mortos, os soldados receberam alimento e foram enviados de volta em paz. Desde então, o rei da Síria cessou seus ataques contra Israel.
Essa narrativa revela a realidade do reino espiritual, invisível, mas tão real quanto o mundo físico. Os sírios confiavam em suas armas, mas Eliseu sabia que estava cercado pelo exército do Senhor. Assim como naquela guerra, também existe uma batalha mais antiga e profunda que começou nos céus.
Reflexão:
Essa narrativa revela a conexão entre o reino espiritual — invisível, mas real — e o mundo físico que vemos. Temos a tendência de acreditar apenas no que é visível, mas o reino espiritual é tão ou mais real que o físico. Os sírios tinham um exército terreno, mas Eliseu estava cercado por um exército celestial, que o protegeu e garantiu a vitória. Isso aponta para uma guerra ainda mais antiga, iniciada no céu.
A Bíblia narra que Lúcifer, o grande dragão, encheu-se de orgulho e tentou usurpar o trono de Deus, persuadindo um terço dos anjos. Porém, Miguel e seus anjos lutaram contra ele, e o dragão foi expulso do céu (Apocalipse 12:7-8). Mais tarde, ele enganou Eva, que levou Adão a desobedecer a Deus. Assim, a humanidade se sujeitou ao domínio do dragão e foi expulsa do Éden, trazendo à Terra morte, roubo e destruição.
Mas, Deus Filho veio ao mundo para resgatar os homens, pagando com seu sangue a dívida gerada pela desobediência. Quem escolhe obedecer a Ele torna-se cidadão do Reino do Céu novamente (Romanos 6:16). Desde então, existe uma guerra milenar entre o bem e o mal, a vida e a morte, o Reino do Céu e o reino deste mundo. Seres espirituais lutam em favor dos escolhidos de Deus até o dia em que o mal será eliminado e Deus habitará com seu povo em uma nova morada, sem dor, lágrimas ou morte (Apocalipse 21:3-4).
Nós, que escolhemos obedecer a Deus, somos peregrinos na Terra. Pertencemos ao Reino do Céu e estamos em guerra contra o governante deste mundo. Por isso, nossas conquistas devem começar no invisível, através de jejum, oração, súplicas e palavras proféticas.
Paulo ensina que precisamos nos fortalecer no Senhor e nos revestir da armadura de Deus para resistir às armadilhas do inimigo. Nossa luta não é contra pessoas, mas contra forças espirituais do mal. Com a armadura, podemos resistir e permanecer firmes (Efésios 6:10-13).
Somos soldados do exército do Reino de Deus, governado pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo. Aqui não encontraremos plena felicidade, pois não pertencemos a este lugar. Nossa vida terrena é um teste de escolhas: entre o bem e o mal, a vida e a morte. Todos os dias decidimos em nossos pensamentos, emoções, ações e palavras a quem obedecer. Como disse Moisés, bênção e maldição estão diante de nós, e a bênção é escolhida pela obediência (Deuteronômio 11:26-28).
Deus nos dá provisão diária e envia seus anjos para nos guardar. Ainda assim, é necessário consciência da nossa caminhada e destino eterno, para nos revestirmos da armadura e permanecermos protegidos. Essa é a forma de lutar nossas guerras: no nome de Jesus, na presença de Deus e com as armas espirituais que Ele nos concedeu.
Como você pode viver de forma consciente, escolhendo diariamente a bênção e a vida, e quais mudanças decide assumir a partir de hoje nessa caminhada de peregrinação na Terra?
Vamos Orar?
Nosso Pai, que a nossa identidade esteja firmada em Ti. Que durante esta peregrinação na Terra não sejamos encontrados distraídos, vivendo como homens naturais, mas que nos lembremos sempre de que somos cidadãos do céu e pertencemos ao Teu reino.
Ajuda-nos a incorporar esta verdade e a edificar nossa vida, priorizando o mundo espiritual.
Oramos em nome de Jesus. Amém!
Canção do Dia:
Minhas Guerras - Gabriel Guedes de Almeida
Ouça no Spotify!
Volte amanhã para mais uma manhã com Deus!
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Permaneça em Deus,