Tema da Semana: A fraqueza humana
Dia 29: Oferece-o ali em holocausto!
Leitura Bíblica: Gênesis 22

Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim. - Mateus 10:37

Contexto Bíblico:
Abraão recebeu de Deus a promessa de que teria um filho, mesmo sendo Sara estéril e ambos já avançados em idade. O cumprimento veio com o nascimento de Isaque, mas, em um momento de grande prova de fé, Deus pediu a Abraão que oferecesse seu filho em holocausto. Em obediência, ele subiu ao monte com Isaque e preparou-se para sacrificá-lo, até que o Anjo do Senhor o interrompeu, revelando que sua fé e temor a Deus haviam sido aprovados (Gênesis 22:10-12).

Reflexão:
Sempre que reflito sobre a história de Abrão, sou tomada por muita empatia, fico imaginando, o quanto custou a Sara, ser zombada por ser estéril e, quantos anos de sua vida, ela viveu desejando ser mãe, desejando ter um filho em seus braços. Certamente, embora com tristeza, ela já havia se conformado de que este era um sonho frustrado em sua vida, no entanto, ela recebeu uma promessa e, na sua velhice, o sonho nasceu.

Imagino também Abraão, brincando com seu filho, seu sonho realizado, com o coração tomado de amor, aguardando por netos e, por toda a geração que viria a partir de seu único filho, o filho da sua velhice. Quando, neste contexto, Deus pede a ele que entregue o seu sonho, que abra mão de seu filho e, o oferte em holocausto, ou seja, que tire a vida de seu filho como oferenda a Deus.
Fico imaginando o coração dele, dilacerado, por receber de Deus um pedido de entrega do filho, pelo qual ele esperou a vida inteira.
Nós sabemos que esta história tem um final feliz, pois Deus queria apenas testar o coração de Abraão, e não o deixou tirar a vida de seu filho, visto que, ele não se agrada de sacrifícios de sangue, mas, de obediência a sua palavra e vontade (1 Samuel 15.22). No entanto, até então, Abraão não sabia disso e certamente, viveu toda a dor da perda e do luto que estava por vir.

Muitas vezes eu perguntei a Deus, porque ele esperou tanto, para operar o milagre e realizar o sonho de Sara e de Abraão? Porque um filho na velhice, quando eles poderiam ter desfrutado com vigor e energia de seu filho na juventude? Porque um sonho tão tardio, marcado pelos anos de dor da espera?
Então, entendi algo muito importante sobre os sonhos que visitam o coração dos homens, eles podem se tornar idolatria e, nos conduzir a uma vida autocentrada e egoísta.
Portanto, eu não creio, que seja desejo de Deus nos amputar, ou, nos privar das coisas que nos tornam felizes, no entanto, reconheço que existem sonhos que provém de nossa alma e, que portanto, podem se tornar caminhos de engano em nossa vida, roubando o lugar central e, a adoração que só pertence a Deus. Isso me leva a compreensão, de que seremos provados em relação aos nossos sonhos.

Era desejo de Deus dar um filho a Abraão, ainda assim, o desejo de ter um filho, não poderia ser a motivação central de sua vida, era necessário que Abraão estivesse satisfeito em Deus, mesmo que o filho não viesse, ou, fosse perdido. Afinal, a nossa vida não é sobre o que conquistamos ou desfrutamos nesta Terra, mas, sobre o quanto estamos nos preparando e, o que estamos construindo para a eternidade.
O profeta Habacuque declarou, que ainda que a Terra não produzisse frutos ou gados, ainda assim ele daria graças e, renderia louvores a Deus, de modo que, sua alegria e satisfação não estava relacionada a circunstâncias, mas, a presença de Deus em sua vida e, a esperança da eternidade (Habacuque 3.17).

Os nossos sonhos podem se tornar obsessão, podem nos roubar o coração e, dirigir nossas vidas de tal forma que nos ceguem. Isto porque, tudo o que assume o lugar central em nossa vida, se torna um ídolo e nos coloca em risco de queda.
Diante deste entendimento, a pergunta que devemos nos fazer em primeiro lugar é: Qual sonho tem guiado o nosso coração e, ao compreender qual é este sonho, devemos nos perguntar, o que nos motiva a perseguir o sonho.
Sonhos podem ser direcionados, pela nossa busca equivocada de compensar faltas, ou, podem ser guiados pelo desejo de viver bem-aventuranças. A diferença entre estas duas motivações - dor ou prazer, determina se o sonho é saudável ou, se ele rouba o nosso coração e nos conduz a idolatria.
Quem é guiado pela dor persegue sonhos de forma obcecada e doentia, mas, quem se permitiu ser curado por Deus e, buscou desenvolvimento pessoal, persegue sonhos que são maiores que seus próprios desejos e necessidades, pois vive por propósito.

Abrão foi chamado por Deus para viver um propósito que era maior que o seu sonho de ser pai, Deus o chamou para gerar uma nação aliançada com Deus, a fim de cumprir os planos d´Ele para a humanidade.
A história de Abraão nos leva a esta reflexão de que Deus precisava testar, o que estava no centro do seu coração. Seria Abraão capaz de abrir mão do sonho pelo qual esperou toda a sua vida, por amor a Deus?

Aprendemos com Abraão que Deus realiza sonhos e, muitas vezes faz isto por meio de milagres, no entanto, Ele também nos orienta a guardarmos o nosso coração para que nenhum objetivo ou, necessidade humana, se torne a prioridade de nossas vidas. Afinal, somente Deus é digno e capaz de ocupar o lugar central, só Ele é perfeito o bastante para ser o nosso "TUDO".

Que os nossos sonhos, estejam alinhados aos propósitos de Deus para as nossas vidas e, que eles não sejam motivo de roubo ou doença, mas, de bem-aventuranças.

Vamos Orar?
Nosso Pai, pedimos que o Senhor alinhe o nosso coração ao Teu, de modo que não nos ocupemos em perseguir sonhos que procedem de ambições humanas e vaidade, mas, possámos nos deixar guiar pelo propósito que o Senhor definiu para a nossa vida e assim, cumprir a missão para a qual formos comissionados. Nós oramos em nome de Jesus. Amém!


Volte amanhã para mais uma manhã com Deus.

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Permaneça em Deus,

por Carla Rabetti
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